O Legislativo gaúcho deve votar nesta terça-feira (3) dois projetos importantes, encaminhados pelo Palácio Piratini, e com reflexos para as regiões. O mais polêmico é o que prevê reajuste de 9,45% ao piso do magistério. Em assembleia, o Cpers/Sindicato rejeitou o percentual, uma vez que reivindica o índice integral de quase 15% concedido pelo Ministério da Educação. As galerias da Assembleia Legislativa devem ficar lotadas de professores, reforçando o coro da oposição, que defende o reajuste de 14,95% e votará contra os 9,45%. O governo afirmou, por várias vezes, que o índice não será elevado em virtude do limite do gasto com pessoal já ter extrapolado, de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Já a outra proposta da pauta, encaminhada pelo governo do Estado, deve ser aprovada de forma tranquila. Trata-se do projeto de prorrogação dos concursos públicos na área da segurança. A partir da autorização do Legislativo, o governo chamará 1,3 mil servidores, entre bombeiros, policiais penais, militares e civis, até agosto. Santa Maria deve ser contemplada com agentes.
A votação do piso do magistério será o primeiro teste para a base do governo Eduardo Leite (PSDB), que tende a ter os votos necessários para aprovar o reajuste de 9,45%, contudo a bancada de oposição tentará provocar ao menos o desgaste do Piratini.